O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, expressou a vontade de ver reforçada a cooperação entre as repúblicas de Angola e do Cazaquistão. Ora aí está. José Eduardo dos Santos já se tinha lembrado disso. Nessa altura também pela mão de Manuel Domingos Augusto, então secretário de Estado. É mesmo a cereja no topo do bolo…
João Lourenço manifestou a pretensão em mensagem ao estadista do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, entregue pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Domingos Augusto, na qualidade de enviado especial do Presidente da República de Angola.
Segundo uma nota de imprensa do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério das Relações Exteriores, na cidade de Astana, capital do Cazaquistão, o chefe da diplomacia angolana reuniu-se com o seu homólogo, Kairat Abdrakhmanov, que recepcionou a mensagem de João Lourenço.
As relações com Angola datam de 1976, ainda no âmbito da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A República do Cazaquistão é hoje uma das economias em pleno crescimento e um dos grandes produtores de petróleo, com uma produção de dois milhões de barris por dia.
E não se pode esquecer que essa “coisa” chamada Angosat-1, o satélite dos satélites de faz de conta, foi construído por um consórcio estatal russo, foi lançado em órbita, no Cazaquistão, com recurso ao foguetão ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo a Roscosmos, empresa espacial estatal da Rússia.
E quem tem satélite… tem tudo e todo o mundo é seu. E, é claro, o MPLA não esquece que o Cazaquistão deu uma ajuda vital para que Angola se tornasse no sétimo país africano a ter um satélite próprio de comunicações em órbita, após o lançamento do Angosat-1.
Há muito que os governos do MPLA manifestam interesse na cooperação com o Cazaquistão. Em Agosto de 2014, o então secretário de Estado das Relações Exteriores de José Eduardo dos Santos, exactamente Manuel Domingos Augusto, manteve encontros, em Bali (Indonésia), com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão, Eblan A. Idrissov, para avaliar e perspectivar as relações de cooperação com aquele país do leste europeu. O encontro ocorreu à margem do 6º Fórum da Aliança das Civilizações da ONU.
A cooperação com Angola no domínio dos petróleos e gás, assim como a implementação de investimentos europeus em Angola, sendo uns privados e outros públicos nas áreas de formação, dominou o encontro em que o secretário de Estado das Relações Exteriores manteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Cazaquistão.
As vantagens do Censo Geral da População e Habitação, ocorrido em Maio de 2014, e a candidatura de Angola a membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, para o período 2015-2016, foi também entre outros assuntos, abordado entre os dois governantes.
Entre África e a Europa, segundo o interlocutor de Manuel Augusto, havia complementaridades que podem ser exploradas com vantagens mútuas.
O secretário de Estado das Relações Exteriores chefiou uma delegação multi-sectorial angolana que participou no 6º Fórum da Aliança das Civilizações da ONU em Bali, em representação do ministro das Relações Exteriores, Georges Rebelo Pinto Chikoti.
O fórum da Aliança das Civilizações foi uma iniciativa política da ONU, lançada em 2005 pelo então Secretário-geral da ONU, Koffi Annan (recentemente falecido), e pelos primeiros-ministros de Espanha e da Turquia, que visava a concertação de acções nos vários domínios e o entendimento e cooperação entre os vários países, povos e comunidades.
Yem razão depois da desgraça do foguetaão cair aos bocados eraa última coisa era fazer negócios com o Cazaquistão